Cabeços de Lisboa 2011, 12 de Março de 2011

Tudo começou á 2 anos atrás. Lisboa é o “Centro do Império”, mas em seu redor, já se construíram Castelos e Fortes, já se travaram imensas batalhas, já se ganharam e perderam batalhas, tentando guardar as desprotegidas costas de Lisboa. Foi para ai que fomos á 2 anos, onde um terrível vento de Norte fez imensas baixas, enquanto percorremos o que os guerreiros do passado fizeram a pé e a cavalo.

Depois de 2 anos decidimos que era hora de reavaliar o terreno e lançar o desafio a mais audazes amantes da bicicleta todo o terreno. O tempo não esteve favorável durante toda a semana, tornando o desafio ainda maior, o que provocou logo baixas psicológicas. Mas à partida lá estávamos 8 duros “Guerreiros”, e logo de seguida mais um se juntou e logo depois mais outros 2. À saída do Monsanto já éramos assim 11 loucos, que íamos tentar percorrer trilhos lindos mas duríssimos, onde a pedra é foi a Rainha. A progressão foi sempre a mais rápida possível, mas mais lenta do que qualquer um de nós poderia estar á espera. Fomos transpondo Cabeço atrás de Cabeço e reagrupando, tivemos Lisboa aos nossos pés, mas ao fim de 3 horas pouco mais de vinte e poucos km tínhamos percorrido. 



Em Albogas, perdemos os 3 Porquinhos da Ilda, Terão ido comer uma sopinha da Ilda??? Não afinal tinham-se perdido e decidiram regressar por estrada, deixando o “pior” para quem lá ficava. Ou seria o melhor! Seguiu-se um single track brutalíssimo, e uma descida supersónica que nos levou a Mafra Gare, essa bela estação esquecida no tempo que nos faz reviver as histórias imaginárias do comboio a vapor, e onde aprendemos outras histórias de um “ser” que por lá anda e que parece mover-se a energia atómica!!!
Seguiram-se mais cabeços, até chegarmos perto da Malveira, onde perdemos o Peregrino, diz-se que por causa do Low Cost! Será isto uma nova arma???



Lá seguiu o grupo unido, atravessando vastos pantanais de lama, bosques encantados e subidas maradas. Ao fundo finalmente apareceu o Cabeço “Mestre”, Montachique, pensámos todos “é já ali, depois será sempre a descer até ao rio”. Fomos todos bem enganados, o Cabeço de Montachique era já ali, deu luta, mas foi conquistado, mas e depois! Bem depois foi um serpentear da Serra de Loures, passámos por Fortes abandonados, Eólicas enormes, e mais subidas, mas também mais descidas, onde o ritmo das descidas não era muito diferente do ritmo das subidas. 




Finalmente via-se o Rio Tejo e todos aliviámos a pressão….a barriga estava cheiíssima de um enorme dia de BTT, quando finalmente descemos tudo o que havia para descer, tínhamos cerca de 75 km e 6h30 a pedalar!!! Mas não estava acabado, faltava o Trancão que ainda deu luta, e onde misteriosamente perdemos o Teixeira, que devido aos diversos percursos que cada um escolheu para ultrapassar as verdadeiras piscinas que por lá havia, acabou por ficar esquecido para trás, pensámos que tivesse sido atacado por algum crocodilo dos pântanos, mas afinal chegou intacto de táxi ao final. Depois veio a Expo, e o regresso ao “Centro do Império”. Na Praça do Comércio, os Inchas Telmo e Filipe, seguiram rumo ao seu casulo, pois a noite já se aproximava, e os restantes loucos, eu, o Noddy, a Lena e o Remi, seguimos pela ciclovia rumo a Algés, onde cheguei já batiam as 19h00 e os carros já eram obrigados a circular de luzes acesas. 



Obrigado a todos pela companhia, foi sem dúvida um GRANDE e DURO dia de BTT…

TOMALÀAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!


Fotos e rescaldo no ProjectoBTT em:
http://www.projectobtt.com/forum/index.php?topic=14740.0

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